UMA BICICLETA COLETIVA E VÁRIAS CERVEJAS

Em 2014, a Partybike chegou a Portugal. Mais precisamente, ao Porto.

Com efeito, era (e ainda é) uma bicicleta coletiva em que nos sentamos em redor de uma bancada. Ao longo do percurso, ali pousamos as bebidas que vamos consumindo, enquanto pedalamos e passeamos pela cidade.

Na altura, o conceito era inovador. Afinal, era uma espécie de festa ambulante, que deambulava alegremente pelas ruas, acenando com os copos aos automobilistas invejosos.

Ao mesmo tempo, dava-se aos pedais (debaixo dos pés), sendo esta a força motriz da «bicicleta». Num dos topos da bancada, de costas para os convivas, o condutor guiava a Partybike pelas ruas da cidade.

Justamente, este foi o primeiro trabalho que fiz como assessora de imprensa. Na verdade, uma ajuda graciosa para uma amiga – a patroa da Partybike. Na altura, estava um pouco cansada do trabalho corporativo e quis aventurar-se no empreendedorismo.

Felizmente, a experiência correu bem, e a Partybike continua por aí, a entreter bon vivants. A par disso, a amiga tornou-se uma pessoa mais realizada, graças ao sucesso do seu projeto. Naquela fase inicial, a visibilidade nos media, através da campanha de assessoria de imprensa, foi um dos fatores que contribuíram para que o projeto corresse bem.



MISSÃO: AJUDAR A REALIZAR SONHOS

Desde a divulgação da Partybike, quando ainda era jornalista, vários anos se passaram. Entretanto, a vida mudou, e o jornalismo em televisão cedeu lugar à assessoria de imprensa a tempo inteiro.

Porém, entre uma coisa e outra, a ligação é muito estreita. Desde logo, se antes recebia press releases, agora sou eu quem os envia.

A par disso, ambas as funções têm outra coisa importante em comum: criar espaço para que outras pessoas realizem projetos, ou mesmo sonhos.

Deste modo, acabamos por contribuir para a realização pessoal e profissional de outras pessoas. E isso é muito gratificante e motivador. 

Afinal, cada trabalho de assessoria de imprensa tem na base o sonho de alguém. Seja um livro, um projeto musical, um exemplo de vida e de superação, ou um negócio que tanto trabalho deu a planear e implementar. Muitas vezes, é o sonho de uma vida que está, finalmente, a ganhar forma. 

Neste contexto, cada oportunidade de comunicar nos media representa mais um passo no caminho que se quer trilhar.

VISÃO: FELICIDADE PARA TODOS

Assim sendo, quando ajudo alguém a promover o seu projeto nos media, a sensação é de satisfação, por ser um contributo para o seu sucesso. Naturalmente, este é um trabalho remunerado. Porém, isso não impede, de modo nenhum, que seja verdadeiramente gratificante.

Como sabemos, desde há muito que a ciência atesta que ajudar os outros é uma fonte de felicidade. Mais do que isso, é uma fonte de felicidade mais duradoura do que outras fontes mais corriqueiras.

Por exemplo, dois estudos na área da Psicologia * concluíram que a felicidade dos participantes não diminuía, ou diminuía mais lentamente, se eles oferecessem algo a outras pessoas, em vez de guardarem para si. 

Num dos estudos, os participantes receberam dinheiro todos os dias, durante 5 dias. Com a opção de o oferecerem a alguém ou gastarem consigo próprios. O resultado? «A felicidade não diminuía, nos participantes que ofereciam o dinheiro a outra pessoa.»

De acordo com os especialistas, «dar ajuda-nos a manter a nossa reputação prosocial, reforçando o nosso sentido de conexão social e de pertença».

O PRIVILÉGIO DE JUNTAR O ÚTIL AO AGRADÁVEL

Em suma, trabalhar em Assessoria de Imprensa permite juntar o útil ao agradável.

Com satisfação, vemos surpresa e expectativa num cliente a quem propomos uma entrevista nos media. Muitas vezes, assistimos a momentos nervosos nos bastidores, antes de uma entrevista. Nestes casos, tentamos sossegar, e orientar o foco para o que importa transmitir.

Noutros casos, há quem esteja (aparentemente) calmo e descontraído, a organizar as ideias que já veiculou muitas vezes.

Contudo, no final de cada entrevista, surge sempre aquela pergunta que Oprah Winfrey também atesta que lhe fizeram sempre, no final de todos os programas, durante 25 anos. Justamente, uma mesma pergunta, vinda de pessoas anónimas ou de presidentes: «Correu bem»?

*Investigadores: Ed O’Brien (University of Chicago Booth School of Business) e Samantha Kassirer (Northwestern University Kellogg School of Management).